Durante 300 mil anos, os ancestrais Homo sapiens eram nômades, confiando na caça e na coleta de alimentos para sobreviver. Embora açúcar e gordura em excesso sempre representassem riscos à saúde, na Pré-História, a preocupação principal era a fome, não a quantidade de comida consumida.
A vegetação era abundante, mas grande parte do açúcar estava retida na celulose, tornando as frutas doces e animais gordurosos alvos desejáveis. A tendência de nos abastecer rapidamente com essas fontes de energia era uma estratégia de sobrevivência natural.
No entanto, o advento da “junk food” moderna exacerbou esses instintos, especialmente em sociedades onde a comida é abundante. O cérebro humano não consegue distinguir entre a disponibilidade atual e futura de alimentos, favorecendo o armazenamento de gordura como precaução contra a fome.
Pesquisadores também exploram a hipótese de que nossa atração pelo álcool possa ser uma consequência da busca ancestral por açúcar. Frutas maduras fermentadas no chão da floresta emitiam um odor de álcool, facilitando sua localização.
Robert Dudley, biólogo da Universidade da Califórnia em Berkeley, discutiu essas teorias em seu livro “The Drunken Monkey”, lançado em 2014. Essas descobertas oferecem insights sobre como nossa dieta ancestral moldou não apenas nossos hábitos alimentares, mas também nossas preferências modernas.
Com informações de Super interessante