Você já se perguntou como um simples comprimido de aspirina consegue aliviar a dor de cabeça? A resposta está na bioquímica do nosso corpo.
Quando consumidos por via oral, em gotas ou comprimidos, os analgésicos são absorvidos pelo sistema digestivo e lançados na corrente sanguínea, alcançando todo o corpo. Vamos seguir o caminho de uma molécula de ácido acetilsalicílico, mais conhecida como aspirina.
As células do nosso corpo têm uma forma específica de avisar o cérebro quando algo está errado, gerando a sensação de dor. Elas utilizam moléculas chamadas ciclooxigenases (COX-1 e COX-2) para produzir outras moléculas conhecidas como prostaglandinas.
Prostaglandinas desempenham um papel crucial em desencadear várias reações bioquímicas, incluindo a sensação de dor.
Estudar essas moléculas pode ocupar toda a carreira de um cientista, mas para os nossos propósitos, basta saber que elas são uma das principais causadoras da dor.
Não se assuste com os nomes complicados. Ciclooxigenases são simplesmente enzimas. Assim como uma alavanca facilita a elevação de um objeto pesado, uma enzima facilita a ocorrência de reações químicas dentro das células. No caso das ciclooxigenases, a reação que elas facilitam é a produção de prostaglandinas.
A aspirina se liga a certas enzimas que são parte da cadeia de eventos responsável pela sensação de dor, interrompendo o processo.
Este é apenas um exemplo de como um medicamento funciona. Cada remédio tem seu próprio mecanismo de ação, e os farmacêuticos possuem um conhecimento profundo da bioquímica do corpo humano para entender exatamente o que acontece em escala microscópica quando qualquer medicamento é ingerido. Historicamente, foi comum primeiro descobrir um princípio ativo e só depois entender como ele funciona.
Com informações Super Interessante