A Justiça da 2ª Vara Criminal da Comarca de Paranaguá, por meio do juiz Brian Frank, negou, na última quinta-feira (13), pela segunda vez, o pedido de prisão preventiva de Nathan de Siqueira Menezes, de 20 anos, acusado de estuprar uma jovem. O crime ocorreu no dia 23 de fevereiro, após a vítima sair de uma casa de shows, onde havia assistido a uma apresentação musical.
Entenda
A jovem, de 25 anos, conheceu Nathan no show e deixou o evento acompanhada por ele. Em determinado momento, manifestou a vontade de ir ao banheiro e foi levada até um posto de combustíveis desativado, onde foi violentada.
O caso, que gerou comoção na cidade, foi denunciado pela vítima logo após o crime. Parte do ato criminoso foi registrado por câmeras de segurança próximas ao local, que captaram imagens e áudios do momento em que o agressor arrasta a jovem enquanto ela grita pedindo para que ele pare, afirmando “eu não quero”.
Pedidos de prisão preventiva negados
Apesar das provas e do pedido inicial de prisão preventiva feito por uma delegada de Paranaguá, o juiz responsável determinou apenas medidas cautelares, como a instalação de monitoração eletrônica, permitindo que o acusado respondesse ao processo em liberdade. Contudo, o Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou denúncia formal e reiterou o pedido de prisão preventiva, mas a Justiça voltou a negar a solicitação na noite da última quinta-feira (13).
A decisão do juiz Brian Frank argumenta que, embora o réu tenha comparecido à Delegacia de Polícia Civil para prestar depoimento, a intimação sobre a instalação da tornozeleira eletrônica não foi registrada nos autos, o que pode indicar que Nathan sequer teve ciência da obrigação. “Ademais, não há necessidade de decretação da prisão preventiva para viabilizar a aplicação da Lei Penal”, apontou um dos trechos da decisão. A informação foi repassada pela TVCI.
A advogada da vítima, Thaise Mattar Assad, recebeu a decisão judicial com consternação e deve se manifestar publicamente nos próximos dias.
Suspeito não foi mais visto