Com uma programação que reuniu literatura, arte, educação e escuta ativa, o lançamento do livro “Pirata Corcorã: Como Ser um Grande Homem?”, da socióloga e escritora Angélica Ripari, em parceria com a ilustradora Juliana Gatto, encerrou suas atividades no sábado (29) com a certeza de ter cumprido seu propósito: promover uma reflexão coletiva, sensível e acessível sobre a cultura da paz desde a infância.
O evento, que aconteceu na Estação Ferroviária de Paranaguá e atraiu centenas de pessoas ao longo do dia, contou com roda de conversa, oficina criativa, exposição visual, feira de artesanato e atividades lúdicas voltadas ao público infantil e adulto. Com um enfoque leve, didático e sensível, o livro, que foi distribuído gratuitamente, e o lançamento, buscaram abordar a violência estruturante que atravessa a formação do “corpo homem”, sem endurecer a linguagem nem afastar o público da escuta.
“Foi um processo longo de construção, que envolveu muita pesquisa, muita troca, articulação e afeto. Ver esse projeto ganhando vida, com as pessoas interessadas em levar o livro para escolas, para casa, para discutir em família, é profundamente gratificante”, afirmou a autora Angélica Ripari. “Nosso objetivo sempre foi promover conversas – e conseguimos. O livro se tornou ponto de encontro entre linguagens e experiências”, completou.
A programação se estruturou a partir de conceitos como cartografia sentimental, educação para equidade e expressões artísticas diversas. Para a ilustradora Juliana Gatto, o resultado alcançado foi além do esperado. “É muito emocionante ver que uma pesquisa tão necessária como essa se transforma em um livro que circula, que toca, que provoca. Não é um material feito para ficar guardado em estantes, mas para viver nas mãos das crianças, nas rodas de conversa, nas escolas”, destacou.
Roda de conversa
A roda de conversa com os homens, um dos momentos do lançamento, foi mediada pelo professor de Língua Portuguesa Kurt Leandro Fausto Jacobsen. “O livro nos provoca a pensar que tipo de homem somos e que tipo de homem queremos ser. São questões que raramente discutimos entre nós, homens. Normalmente essa responsabilidade recai sobre as mulheres, o que reforça desigualdades. Aqui, criamos um espaço de escuta entre iguais, fundamental para a mudança que queremos construir”, disse.
A secretária municipal de Turismo de Paranaguá, Paula Torres, também esteve presente e ressaltou a importância de ocupar os espaços públicos com ações culturais e educativas. “É bonito ver esse espaço cheio de crianças, de famílias, de pessoas dispostas a refletir e transformar. O lançamento do Pirata Corcorã não é só um evento literário, é um atrativo cultural, turístico e social, que movimenta a cidade de forma muito positiva”, afirmou.
Materiais disponíveis
Além do livro impresso, que pode ser retirado gratuitamente na Estação Ferroviária de Paranaguá, o projeto conta com um blog com atividades didáticas e materiais complementares acessíveis clicando aqui, ampliando sua presença no ambiente digital e no cotidiano escolar.
O encerramento do lançamento marca o início de uma nova fase: a disseminação do Pirata Corcorã como ferramenta pedagógica, artística e afetiva, capaz de semear diálogos urgentes sobre afeto, violência e construção coletiva. Mais do que um livro, a obra se propõe como uma provocação à escuta, à transformação e ao cuidado mútuo.
Siga @piratacorcora no Instagram para acompanhar as próximas ações do projeto.
Sobre o projeto
O “Pirata Corcorã: Como Ser Um Homem Grande?” é uma iniciativa financiada pelo Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (PROFICE) (edital 002/2023), com apoio da COPEL e vinculado ao programa de pós-graduação da Universidade Federal do Paraná Alternativas para uma Nova Educação (ANE). A ação também conta com incentivo da Lei Paulo Gustavo de Paranaguá (LPG nº 195/2022, edital de chamamento 003/2024), por meio do edital municipal de Paranaguá, o que possibilitou a realização das oficinas e a ampliação do alcance do projeto na região.
Desde o início das atividades, o projeto já percorreu nove escolas municipais, universidades e esteve presente em cinco cidades do Litoral do Paraná, realizando oficinas voltadas para crianças, professores e estudantes em formação para a docência. Nas escolas municipais, as atividades incluem contação de histórias e performances teatrais com os personagens Pirata Corcorã e seu fiel escudeiro, o papagaio Grilo.
*Fonte: Assessoria de Imprensa
