Neste sábado (28), a partir das 19h, a comunidade do Itiberê, na Ilha dos Valadares, em Paranaguá, se reunirá no salão de eventos da Agremiação Esportiva Itiberê para um sarau junino, em formato simples e simbólico, como forma de preservar a tradição da FEJUBI – Festa Junina do Bairro Itiberê, mesmo sem a realização do evento nos moldes tradicionais. A iniciativa é promovida pelo Projeto VEL (Valadares Esporte e Lazer), idealizado por João Carlos Alves Rodrigues, o Carlinhos da Ilha.
De acordo com Carlinhos, o sarau não terá uma programação formal, como acontecia nos anos anteriores. “Na realidade, não vai haver uma programação, porque o que vamos fazer é o seguinte: como nós temos rodada de futebol aqui todo final de semana, a gente vai fazer aqui depois dos jogos, um sarau. Vamos aproveitar que as famílias dos times vêm aqui participar do campeonato e ficam no salão, ouvindo uma musiquinha, comendo um salgadinho”, explicou.
Segundo ele, o objetivo é reunir a comunidade em clima junino, de forma simples, sem estrutura elaborada. “O que a gente esperava, na realidade, fazer como fazemos todos os anos, não vai ter. O custo é muito alto. Então vai ser uma coisa bem simples, apenas para não deixar passar em branco a nossa festa”, acrescentou.
Festa cancelada por falta de apoio estrutural
A FEJUBI foi fundada em 12 de junho de 2009 e faz parte do calendário oficial de eventos do município desde a sanção da Lei Municipal nº 3.503/2015. Em edições anteriores, o evento sempre contou com apoio institucional para estrutura básica como palco, sonorização, banheiros químicos, tablados e coberturas, viabilizando apresentações culturais e a participação ativa da comunidade local.
Neste ano, os pedidos de apoio à realização da 15ª FEJUBI foram protocolados junto à Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico no dia 1º de abril, sob os números 21827 e 21831/25. Em resposta, o secretário Ivan Laplolli Filho informou que a pasta “não dispõe em seu acervo dos itens solicitados, tampouco possui contratos ativos que viabilizem o atendimento da presente demanda”.
Diante da limitação, o processo foi encaminhado à Secretaria Municipal de Turismo em 21 de abril, que só formalizou a entrada no sistema em 14 de maio. A resposta oficial foi emitida em 16 de maio – quando faltava menos de um mês para a data prevista do evento.
No documento, a secretária de Turismo, Paula Patrícia Torres Teixeira, reconheceu “a importância da iniciativa, que contribui significativamente para a valorização cultural, o fortalecimento das tradições populares e o envolvimento comunitário do bairro Itiberê”. No entanto, informou que a pasta “não dispõe de estrutura própria, como pirâmides, palco, sonorização, banheiros químicos ou tablados, nem de contrato vigente para locação desses equipamentos no período da festa”.
Apesar da negativa, a Prefeitura se colocou à disposição para apoiar a divulgação institucional do evento por meio dos canais oficiais do município.










