A Prefeitura de Paranaguá retomou e ampliou o ensino integral na rede municipal em 2025, por meio do programa “Escola o Tempo Todo”. Atualmente, são 21 escolas em tempo integral, incluindo a Escola Municipal do Campo Profª Alvina Toledo Pereira, em Alexandra.
Até o fim de setembro, mais duas escolas da zona rural serão incluídas, alcançando o total de 23 unidades e cerca de 1.400 alunos atendidos.
PRIORIDADE
Segundo a Secretaria Municipal de Educação e Ensino Integral (Semedi), a prioridade no início do ano foi garantir atendimento especializado às crianças com deficiência, cujo número aumentou de 334 em 2024 para quase 600 em 2025.
“Esse aumento exigiu que direcionássemos professores, agentes de apoio e estagiários prioritariamente para esse atendimento, antes de retomar o integral”, explicou a secretária Fabíola Soares Arcega.
Foto: Moysés Zanardo
DIFERENCIAIS
O programa integra atividades pedagógicas de reforço em língua portuguesa e matemática, além de oficinas de arte, cultura, meio ambiente, saúde, esporte e valores sociais.
Na educação do campo, o foco é conectar saberes tradicionais ao currículo.
“São oficinas que dialogam com a realidade das comunidades rurais e pesqueiras e que fortalecem a identidade cultural dos alunos”, destacou Fabíola.
Foto: Moysés Zanardo
ESCOLAS
Na Escola Municipal Presidente Castelo Branco, a diretora Edna Regina Albini Pereira Kaminski destacou a evolução do programa:
“Hoje trabalhamos meio ambiente, dança, reforço acadêmico, saúde e educação. A criança não está aqui apenas para ser cuidada, mas para aprender e se desenvolver em valores como ética e solidariedade”.
Já na Escola Municipal Takeshi Oishi, no Parque São João, a diretora Sérlia Mariano Oliveira enfatizou a importância do integral para crianças em situação de vulnerabilidade.
“Além das oficinas e reforço, garantimos quatro refeições diárias preparadas por nutricionistas, algo essencial para muitas famílias”, disse.
Foto: Moysés Zanardo
IMPACTO
Para muitas famílias, o ensino integral significa segurança e apoio.
A dona de casa Daiane Costa Rosa Borchardt, mãe de uma aluna de 7 anos, relatou:
“Minha filha adora. Ela aprende, dança, pinta e chega em casa cansada de aproveitar o dia. A alimentação é excelente e saudável. Isso representa economia e qualidade de vida”.
A experiência também foi transformadora para Gildete Santos dos Reis, mãe de um aluno de 6 anos:
“O integral foi uma rede de apoio para mim e meu marido, que trabalhamos o dia todo. Sei que meu filho está seguro, aprendendo e até apaixonado pelo karatê. Sem o integral, eu não conseguiria trabalhar”.
Foto: Moysés Zanardo
POLÍTICA
Atualmente, o programa conta com 80 professores dedicados ao ensino integral e mais de 260 profissionais de apoio especializado.
“O desafio é grande, mas a expansão mostra que estamos avançando”, concluiu a secretária Fabíola Arcega.