A confirmação foi possível após alteração legislativa aprovada em 2020, e esta será a última temporada em que os usuários precisarão pagar pela travessia da baía por meio do ferry-boat.
MUDANÇA
A decisão de manter a ponte sem pedágio decorre da mudança no artigo 36 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado. O texto anterior previa concessão e cobrança de pedágio por até 15 anos. Com a supressão desse trecho, o Governo do Paraná pôde garantir investimento 100% público para a construção.
A obra, executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), vinculado à Secretaria de Infraestrutura e Logística, recebe mais de R$ 400 milhões em recursos estaduais. Segundo o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti, o projeto representa um compromisso direto com a população.“Esse é um compromisso do governador Ratinho Junior com a população do litoral e de todo o Estado. A ponte está sendo feita com investimento 100% público e vai eliminar a dependência do ferry-boat, oferecendo uma travessia mais rápida, segura e permanente. E tudo isso sem custo adicional para os cidadãos” , afirma.
Ele reforça que o fim da cobrança traz impacto imediato para quem utiliza a travessia. “Com a ponte, a população do Litoral será beneficiada: a travessia, que hoje é paga e frequentemente marcada por filas, será substituída por um acesso contínuo, gratuito e muito mais eficiente”.
ECONOMIA
A gratuidade representa economia direta no orçamento dos usuários frequentes e estimula o comércio e o turismo. Com o fim da balsa, os valores antes destinados às tarifas poderão circular no município, gerando renda e fortalecendo atividades locais.
O jornalista Leonardo Quintana Bernardi, visitante frequente de Guaratuba, destaca o simbolismo da obra. “Durante anos, a Ponte de Guaratuba foi tratada quase como uma lenda urbana. Todo mundo falava, mas ninguém sabia se um dia sairia do papel. Agora, ver a obra em andamento e próxima da conclusão é motivo de orgulho para nós, moradores do Litoral”, diz.
Ele reforça o impacto econômico: “Sem a balsa, desaparece também a cobrança obrigatória pela travessia e esse dinheiro que antes era gasto pode agora ser usado no comércio local. É uma conquista para turistas, moradores e comerciantes”.

O empresário Diomar Bozi Junior, usuário frequente da balsa, relata as dificuldades atuais. “Muitas pessoas querem ir para a praia de Guaratuba, mas desistem por causa da fila, da demora da balsa e do custo da travessia. Agora, com a ponte, isso tudo vai mudar e o melhor: sem pedágio”.
Para o cinegrafista Odilon Cezar Ramos, a medida também melhora o fluxo de trânsito.“A ausência de pedágio na ponte representa uma economia para os usuários e também evita a formação de filas nas cabines de cobrança, principalmente na alta temporada. Com a ponte gratuita, o trânsito flui melhor e quem depende da travessia no dia a dia ganha tempo e qualidade de vida”, afirma.
OBRA
Com 1.244 metros de extensão, a Ponte de Guaratuba terá quatro faixas de tráfego, faixas de segurança nos dois sentidos, calçadas com ciclovia e guarda-corpos. O projeto foi desenvolvido para oferecer segurança e conforto a moradores e turistas que circulam pela região. A travessia será permanente e sem qualquer custo.
O andamento dos serviços pode ser acompanhado em tempo real por meio das câmeras instaladas no canteiro, disponíveis na página oficial do projeto.
Com informações da AEN








