Cães de salvamento do Corpo de Bombeiros se destacam em missões de grande complexidade
Esses animais já participaram de operações nacionais de grande repercussão, como o rompimento da barragem em Brumadinho, em Minas Gerais, e as enchentes no Rio Grande do Sul
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) conta atualmente com 36 cães de salvamento, entre ativos e aposentados, que atuam em ocorrências de alta complexidade.
Esses animais já participaram de operações nacionais de grande repercussão, como o rompimento da barragem em Brumadinho, em Minas Gerais, e as enchentes no Rio Grande do Sul. Nessas situações, foram fundamentais tanto na localização de pessoas com vida quanto na recuperação de vítimas.
Foto: CBMPR
SELEÇÃO
O processo de formação começa cedo. Ainda filhotes, os cães são avaliados com base em critérios como coragem, curiosidade, sociabilidade e energia. Desde os primeiros dias, passam por treinos diários e socialização em diferentes ambientes, aprendendo a lidar com sons, multidões e situações adversas.
Em média, os animais levam de um ano e meio a dois anos para se certificarem e podem atuar por até oito anos antes da aposentadoria.
Foto: CBMPR
FARO
Com cerca de 300 milhões de receptores olfativos – contra 5 a 6 milhões dos humanos –, os cães possuem um faro até 100 mil vezes mais potente.
“Um exemplo simples desta diferença de faro é que, enquanto nós conseguimos identificar o cheiro do pão recém-saído do forno ao passar em frente de uma padaria, esses cães distinguem no ar cada ingrediente usado na receita”, explica o capitão Pedro Rocha de Faria, responsável pelo comando do Canil Central do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST).
Foto: CBMPR
ATUAÇÃO
Os cães são treinados em diferentes frentes:
Rastreio (odor específico): seguem o rastro de uma pessoa a partir de uma peça de roupa ou objeto pessoal.
Venteio (varredura de área): trabalham soltos, detectando odores humanos em ambientes urbanos, rurais ou de escombros.
Especializações: busca de pessoas vivas, restos mortais e vítimas submersas.
PARCERIA
A relação entre o condutor e o cão é considerada essencial para o sucesso das missões.
“Essa é uma relação bem sensível, uma parceria de confiança construída desde o início do treinamento. O cão entende o condutor como seu líder, e ninguém melhor que ele para identificar mudanças de comportamento e guiar o trabalho em campo”, destaca o capitão Pedro.
Foto: CBMPR
CUIDADOS
Além dos treinamentos, os cães recebem acompanhamento veterinário regular, alimentação adequada, vacinação e cuidados específicos com o bem-estar. Muitos vivem com seus condutores fora do quartel, fortalecendo o vínculo e refletindo diretamente nas operações.
Foto: CBMPR
EXPANSÃO
O trabalho com cães de salvamento está em crescimento no Brasil. No Paraná, a estrutura do canil integrada ao GOST permite investimentos contínuos em treinamentos, certificações e intercâmbio com outras corporações, fortalecendo a atividade.
Para a corporação e para a população, esses cães são aliados indispensáveis na missão de salvar vidas.