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Com avanço da Chikungunya no Litoral, Matinhos lidera registros e caso em Guaratuba expõe gravidade da doença

por Redação Ilha do Mel
20/06/2025 - 12:48
Com avanço da Chikungunya no Litoral, Matinhos lidera registros e caso em Guaratuba expõe gravidade da doença

Por Luiza Rampelotti

“As dores eram insuportáveis. Já estou há quase um mês na cama. Minha loja está fechada e isso é o que sustenta minha família”, relata Rosicleia Scuissiato Amaral, de 66 anos, à Ilha do Mel FM. Ela é moradora de Guaratuba e um dos dois casos de Chikungunya no município. A doença, causada pelo mosquito Aedes aegypti – o mesmo transmissor da dengue – tem preocupado as autoridades de saúde no Litoral do Paraná.

Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado na terça-feira (17), Guaratuba possui um caso confirmado e outro em investigação. Paranaguá também apresenta um cenário de atenção, com um caso confirmado e três em análise. O dado mais alarmante, no entanto, vem de Matinhos: são 72 casos confirmados e 21 sob investigação. Os demais municípios do Litoral não têm registros confirmados até o momento.

Primeiros sintomas

Dona Rose, como é mais conhecida, conta que os primeiros sintomas surgiram no dia 19 de maio. “As dores começaram nos músculos e pioravam a cada dia. No terceiro dia fui ao pronto-socorro porque já não aguentava mais”, lembra. Ela foi atendida, recebeu medicação via soro e, por orientação de uma enfermeira, encaminhada para testagem de dengue e Chikungunya.

A coleta foi feita no Centro de Epidemiologia e o resultado confirmou o diagnóstico no dia 6 de junho. “No dia seguinte fui até lá e me disseram que era Chikungunya. A recomendação foi tomar dipirona, beber bastante água e repousar”, afirma. Na sequência, uma segunda coleta reforçou o resultado positivo.

Sem poder ingerir medicamentos orais devido a um problema gástrico, ela tem recebido injeções de dipirona.

Três fases e até dois anos de sintomas

Segundo dona Rose, a médica que a atendeu na Unidade de Saúde da Cohapar informou que ela já está entrando na segunda fase da doença, caracterizada por dores persistentes nas articulações e risco de sequelas. A terceira fase, de acordo com a médica, pode se prolongar por até três meses, com possibilidade de o vírus permanecer no organismo por até dois anos.

Rosicleia Scuissiato Amaral, de 66 anos, é moradora de Guaratuba e está enfrentando a doença há mais de um mês. Foto: Reprodução/Redes Sociais

“O que mais me revolta é saber que essa doença pode ser evitada”, desabafa. “Tem uma casa abandonada aqui na rua há quase dez anos, cheia de lixo e com piscina parada. Outro terreno cheio de mato onde os moradores jogam entulho. É um descaso”.

Ela defende que a Prefeitura atue com mais rigor. “Os agentes de saúde estão visitando os bairros. Esses locais com foco devem ser anotados, os donos notificados. Se em um mês não limparem, que levem multa e a Prefeitura faça a limpeza e cobre no IPTU”, disse.

Impacto direto na vida pessoal e financeira

Dona Rose também relata as consequências econômicas da doença. “Tenho uma loja e ela está fechada quase todos os dias. É o nosso sustento. Já estou há quase um mês na cama. As dores são muito fortes, os músculos inflamados, mãos e pés inchados”.

A experiência levou a moradora a mudar sua percepção sobre a gravidade do problema. “Antes eu me cuidava, mas achava que o risco era pequeno. Agora sei que é uma ameaça real. Quero alertar as pessoas: cuidem dos seus quintais, não deixem água parada. Ninguém merece passar por isso”, concluiu.

Entenda a Chikungunya

Chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada de mosquitos infectados, principalmente o Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Não há transmissão direta entre pessoas ou entre animais e humanos. O nome vem do idioma suaíli e significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura curvada dos pacientes devido às fortes dores articulares.

Os sintomas incluem dfbre alta, dores intensas nas articulações (artralgia), dores musculares, dor de cabeça, fadiga e, em alguns casos, erupções na pele. As dores nas articulações podem persistir por semanas ou até meses, caracterizando as fases subaguda e crônica da doença.

Evitar picadas de mosquito (uso de repelente, roupas compridas e telas em portas e janelas) e eliminar focos de água parada são as principais formas de prevenção. Manter o ambiente limpo é essencial para controlar a proliferação do vetor.

Números crescem em todo o estado e Litoral concentra casos

Em nota à Ilha do Mel FM, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que, até a última atualização do boletim epidemiológico estadual, divulgada na terça-feira (17), o Paraná registrou 9.458 notificações de casos suspeitos de Chikungunya, sendo 4.564 confirmados e dois óbitos — ocorridos em Ivaiporã e Cascavel.

Na 1ª Regional de Saúde de Paranaguá, que abrange os sete municípios do Litoral, foram 154 casos notificados e 74 confirmações até o momento, sendo que 72 são em Matinhos.

Segundo a Sesa, o aumento dos casos na região litorânea está relacionado a fatores ambientais e climáticos favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, além da alta circulação de pessoas nos meses de verão e da presença ativa do vírus na área.

A secretaria reforça que a Chikungunya é uma doença febril aguda com altas taxas de manifestação clínica — entre 75% e 95% das pessoas infectadas desenvolvem sintomas. Entre os principais sinais estão febre alta de início súbito, dores articulares intensas (frequentemente acompanhadas de inchaço), dores musculares, cefaleia, fadiga, náuseas e erupções na pele. A artralgia é o sintoma que mais distingue a Chikungunya da dengue e pode comprometer severamente a qualidade de vida do paciente.

“A evolução clínica ocorre em fases: aguda (de 5 a 14 dias), pós-aguda (até 3 meses) e, em alguns casos, crônica, quando os sintomas persistem por mais de 90 dias. Embora a maioria dos pacientes evolua bem, formas graves e atípicas podem ocorrer, principalmente em pessoas com comorbidades ou em situação de vulnerabilidade, como idosos e imunossuprimidos”, informa a Sesa.

A Sesa reforça que ações de controle vetorial, vigilância ativa e mobilização comunitária são essenciais para conter a propagação da doença — especialmente em regiões de maior risco, como o litoral paranaense. A população pode acompanhar os dados atualizados e orientações no site: www.dengue.pr.gov.br.

A Secretaria Municipal de Saúde de Matinhos foi procurada, mas não deu retorno até a conclusão desta reportagem.

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