Dependendo da profundidade em que nadam e da transparência da água, elas recebem radiação solar mesmo submersas. Apesar de grande parte da luz se perder após os 200 metros de profundidade, o oceano só se torna completamente escuro após um quilômetro de profundidade. As baleias azuis, por exemplo, preferem ficar na faixa dos 100 metros para se alimentarem.
Além disso, como mamíferos, as baleias precisam subir à superfície para respirar, e é nesse momento que também se expõem ao sol. No entanto, é importante ressaltar que, ao contrário dos humanos, elas não produzem vitamina D através da exposição solar. Sua principal fonte dessa vitamina está na alimentação.
A dieta básica das baleias consiste em zooplâncton e krill, pequenos crustáceos semelhantes a camarões, além de peixes, que são consumidos em grandes quantidades. Como a vitamina D é lipossolúvel, ou seja, solúvel em gordura, ela é encontrada em grande quantidade em peixes gordurosos, como salmão, sardinha e arenque, que são parte importante da alimentação das baleias.
Essa vitamina, juntamente com outras vitaminas lipossolúveis, fica armazenada nas camadas de gordura das baleias, que podem chegar a ter de 10 a 30 centímetros de espessura, dependendo da espécie. Dessa forma, as baleias têm grandes reservas de vitamina D em seus corpos, não necessitando de exposição solar ou suplementos vitamínicos.
Essa relação entre as baleias, a alimentação e a vitamina D nos mostra como esses incríveis animais estão adaptados ao seu ambiente marinho de maneiras surpreendentes.
Com informações de Super interessante