A Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, localizada na Ilha do Mel, em Paranaguá, está sendo analisada por um estudo inédito que avalia riscos ambientais e impactos humanos para orientar ações de preservação. A iniciativa é resultado de parceria entre a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Portos do Paraná e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O projeto, iniciado em abril e com duração de 15 meses, conta com investimento de R$ 1,1 milhão repassado pela Portos do Paraná à UFPR. Além da estrutura da fortaleza, serão avaliados riscos de deslizamento no Morro da Baleia, onde o monumento está localizado.
Levantamentos técnicos e participação comunitária
A pesquisa utiliza drones, imagens de satélite, levantamentos topográficos e batimétricos, além de estudos geofísicos e coleta de amostras para análises laboratoriais. A equipe também fará entrevistas com moradores para reunir informações históricas e ambientais.
O material coletado será reunido em um banco de dados público. Também estão previstas ações como palestras, oficinas, mapas, maquete informativa e eventos com participação da comunidade.

Preservação e integração institucional
A demanda surgiu após o Iphan identificar fragilidades na muralha da fortaleza durante obras de manutenção. Embora o antigo canal de navegação tenha sido desativado na década de 1970, o estudo reforça a importância de monitorar os processos naturais que atuam sobre o patrimônio.
O projeto também representa um esforço conjunto de fortalecimento da relação entre o porto e a cidade, além da integração entre universidade, poder público e órgãos de preservação do patrimônio histórico e ambiental.
Desde 2022, a UFPR e a Portos do Paraná desenvolvem projetos conjuntos nas ilhas próximas aos portos de Paranaguá e Antonina, com foco em ações ambientais e sociais.
Conhecimento e conservação
O estudo amplia o conhecimento sobre a região da Desembocadura Norte do Complexo Estuarino de Paranaguá — área de relevância ecológica, turística e cultural, ainda pouco pesquisada. Os dados levantados devem subsidiar decisões técnicas para conservação, manejo e uso sustentável da região.
A iniciativa reforça a importância da ciência na proteção do patrimônio histórico e ambiental, promovendo a integração entre pesquisa, gestão pública e participação comunitária no Litoral do Estado.
Com imagens e informações da Agência Estadual de Notícias









