A Polícia Civil do Paraná (PCPR), por meio da Delegacia de Matinhos, concluiu na última terça-feira (6) o inquérito que apurava o desvio de R$ 124.694,87 de um Cartório de Registro de Imóveis no município litorâneo. Uma funcionária do Ofício de Registro de Imóveis foi formalmente indiciada pelo crime de peculato-furto, em modalidade continuada.
As investigações começaram em fevereiro de 2025, após suspeitas de irregularidades no repasse de emolumentos pagos pelos usuários do serviço. Segundo a apuração policial, a investigada utilizava um e-mail antigo do cartório, já desativado oficialmente, mas ainda funcional, vinculado a uma chave Pix cadastrada em sua conta bancária pessoal. Com isso, os valores pagos pelos cidadãos, que deveriam ser destinados ao registro de títulos, eram desviados diretamente para a conta da funcionária.
Durante a apuração, foram colhidas provas documentais, ouvidas testemunhas e apreendido um caderno de anotações da própria investigada, no qual constavam registros detalhados do controle dos desvios. A materialidade do crime e a autoria foram consideradas “inequívocas” pela equipe de investigação.
O delegado Thiago Fachel, responsável pelo caso, destacou o empenho da Polícia Civil para esclarecer o esquema. “A equipe da Delegacia de Matinhos trabalhou firme para desvendar este esquema de desvio de fundos no cartório de registro de imóveis. A investigação demonstrou como a confiança depositada na funcionária foi quebrada, resultando em um prejuízo considerável. Com a conclusão do inquérito e o indiciamento da investigada, reforçamos que a Polícia Civil está atenta e atuante contra crimes desta natureza”, afirmou o delegado.
O inquérito policial já foi remetido ao Ministério Público do Paraná, que agora deve analisar as provas apresentadas e decidir se oferece denúncia à Justiça.
O crime de peculato-furto está previsto no artigo 312 do Código Penal Brasileiro e ocorre quando um servidor público se apropria de valores ou bens que tem acesso em razão do cargo. Quando praticado de forma continuada, como no caso em apuração, a pena pode ser agravada.
*Com informações da Polícia Civil








