A chuva dispersa e de baixos volumes em outubro ajudou a reduzir os incêndios florestais no Paraná. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), foram registradas 481 ocorrências na primeira quinzena do mês, uma queda de 57% em relação a setembro (1.121) e 67% comparado a agosto (1.461).
Em uma reunião virtual entre o CBMPR, Defesa Civil, Simepar e Instituto Água e Terra (IAT), foram analisados dados meteorológicos e comparativos dos incêndios. Em 2024, o Estado registrou 12.808 ocorrências, o dobro de 2023 (6.495) e quase o triplo de 2022 (4.659). A chefe da comunicação do CBMPR, capitã Luisiana Cavalca, destacou que outubro é historicamente um mês mais úmido, o que contribuiu para a redução dos casos.
O Simepar prevê chuvas mais frequentes na primavera e início do verão, com a expectativa de volumes próximos à média histórica até o primeiro trimestre de 2025, sem agravamento da seca.

Em resposta à estiagem, o governador Ratinho Junior decretou situação de emergência em setembro, destinando R$ 24 milhões para combater incêndios florestais, incluindo compra de equipamentos, contratação de aeronaves e treinamento de 600 brigadistas.
A Defesa Civil emitiu 26 alertas de risco máximo de incêndio entre julho e setembro. O coronel Fernando Schünig explicou que as condições meteorológicas atípicas, com temperaturas acima da média, influenciaram a situação de seca no estado.
O Simepar relatou que o Paraná enfrenta uma estiagem moderada há quatro meses, com massas de ar seco afastando as chuvas volumosas e temperaturas elevadas em regiões como Noroeste, Centro-Norte, Campos Gerais e Norte Pioneiro. O inverno de 2024 foi o mais quente em quase três décadas, com chuvas abaixo da média desde o início do ano, especialmente no Oeste do estado.
Em setembro, as temperaturas ficaram até 5°C acima do previsto, com 12 dias de risco muito alto de incêndio, de acordo com o Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres(Cegerd).
Com imagens e informações da Agência Estadual de Notícias








