De 1º a 3 de outubro, Punta Cana, na República Dominicana, recebe a 20ª Reunião Regional Americana (RRA) da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O evento reúne ministros, ministras, autoridades de alto nível e representantes de organizações de trabalhadores e empregadores das Américas, com o objetivo de definir prioridades que orientarão tanto a atuação da OIT na região quanto as políticas laborais e de emprego dos países-membros nos próximos anos.
Paranaguá está presente no encontro por meio de José Eduardo Antunes, presidente do Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga nos Portos do Paraná (Confepar). Ele também ocupa cargos de destaque no movimento sindical: é vice-presidente da Frente Intersindical de Paranaguá, diretor da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores em Bloco e Amarradores de Navios nas Atividades Portuárias (FENCCOVIB), 1º vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) no Paraná e secretário adjunto de Políticas para a Economia do Mar, da CTB Nacional. Antunes integra a delegação brasileira da CTB, que participa ativamente das discussões no evento.
Também participaram do encontro o diretor-geral da OIT, Gilbert Houngbo, o ministro do Trabalho do Brasil, Luiz Marinho, entre outras autoridades.
Temas centrais do encontro
Ao longo dos três dias, os debates da 20ª Reunião Regional Americana giraram em torno de temas centrais como a criação de emprego, a proteção social e o desenvolvimento sustentável, aliados ao fortalecimento das instituições democráticas e do diálogo social. Também estiveram em pauta os caminhos para uma transição justa, especialmente diante das mudanças ecológicas e tecnológicas, além da definição de estratégias públicas voltadas à qualificação e à formação profissional. O lema do encontro é a necessidade de “fortalecer o nexo entre crescimento, emprego e direitos, tendo a justiça social como base de uma paz duradoura”.
A visão sindical
José Eduardo Antunes ressaltou que o compromisso da OIT passa pela construção de um desenvolvimento “mais justo, inclusivo e sustentável”, a ser alcançado por meio do diálogo social tripartite — governos, empregadores e trabalhadores. “É essencial colocar as pessoas no centro, valorizando o trabalho em todas as suas formas, sem discriminação, especialmente de gênero e etária, e garantindo que todos tenham um trabalho decente, com proteção social e direitos assegurados. A livre associação e o direito à sindicalização precisam ser preservados. Além disso, é preciso assegurar a transição justa, tanto ecológica quanto tecnológica, com mais qualificação e oportunidades para todos”, afirmou.
Segundo ele, o avanço tecnológico, a automação e a digitalização exigem atenção para que os trabalhadores sejam incluídos nesse processo de transformação, evitando exclusões e desigualdades. “Enfrentar esses desafios significa universalizar o trabalho decente e promover a justiça social. Só assim alcançaremos uma paz duradoura”, completou.
Relevância para as Américas
A RRA reafirma o papel da OIT como espaço de construção coletiva de soluções para o futuro do trabalho. As resoluções que saírem do encontro terão impacto direto nas políticas de emprego e proteção social nos países da região, influenciando desde a regulação do trabalho até as estratégias de adaptação às novas dinâmicas econômicas e tecnológicas.
Para Antunes, a participação brasileira é estratégica para defender “os direitos trabalhistas, a inclusão social e a valorização do trabalho portuário e marítimo, setores fundamentais para a economia do Paraná e do Brasil”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Imprensa













