Na manhã desta terça-feira, 5 de agosto, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou uma operação que cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em 11 empresas emplacadoras de veículos. A ação foi realizada simultaneamente em cidades do Paraná, incluindo Curitiba, Piraquara, Colombo, Campina Grande do Sul, Pinhais, Fazenda Rio Grande e Guaratuba, e também nos municípios paulistas de São Paulo e Santo André.
INVESTIGAÇÃO
A investigação teve início em agosto de 2024, após a apreensão de veículos com sinais identificadores adulterados. Laudos da perícia técnica constataram que diversos automóveis e motocicletas eram, na verdade, produtos de furto ou roubo, circulando com placas clonadas.
A partir desses indícios, a PCPR rastreou a origem de 21 placas padrão Mercosul aplicadas nos veículos irregulares, todas ligadas a empresas responsáveis pela estampagem.
“Com base nestas informações, passamos a avaliar a possibilidade da existência de uma organização criminosa voltada para a prática de adulteração de sinal identificador de veículo automotor”, afirmou a delegada da PCPR, Anna Karyne Turbay.
Foto: PCPR
OPERAÇÃO
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos documentos, celulares, computadores e outros equipamentos eletrônicos, que agora passam por análise para subsidiar as investigações. O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) também apreendeu placas veiculares em razão de irregularidades administrativas.
A operação contou com o apoio técnico dos Departamentos de Trânsito do Paraná e de São Paulo, que atuaram na verificação cadastral das empresas e no cruzamento de dados referentes à emissão das placas padrão Mercosul.
“O Detran tem como foco a transparência para que os motoristas que rodam no Paraná tenham a segurança de que estão agindo conforme as leis”, declarou o diretor-presidente do Detran-PR, Santin Roveda.
Foto: PCPR
LIGAÇÕES FAMILIARES
O levantamento identificou que oito das empresas investigadas pertencem a membros de uma mesma família, o que reforça a hipótese de uma estrutura organizada voltada à emissão irregular de placas e ao apoio a atividades criminosas, como furto, roubo e revenda de veículos adulterados.
Foto: PCPR
CONTINUIDADE
A Polícia Civil segue com as investigações para apurar o grau de envolvimento de proprietários, sócios e funcionários das empresas no esquema. A operação busca desarticular a rede de apoio que alimenta o mercado ilegal de veículos e garantir maior segurança ao sistema de emplacamento.