O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) reforça a importância da prevenção aos afogamentos com ações educativas permanentes e estrutura reforçada, especialmente no Litoral e em áreas de lazer.
Em 2025, até o primeiro semestre, já foram registradas 583 ocorrências de afogamento no estado. O alerta se intensifica neste 25 de julho, data instituída pela ONU como o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento.
PREVENÇÃO
A campanha no Paraná conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) e aposta em orientações simples, porém eficazes.
“O afogamento é silencioso e quase sempre evitável. Supervisão das crianças e respeito à sinalização são cuidados fundamentais”, destaca o comandante-geral do CBMPR, coronel Antônio Geraldo Hiller.
Durante o verão, a presença de guarda-vidas é reforçada com drones, sonares, lanchas e helicópteros no Litoral. Pulseiras para identificação de crianças, bandeiras de sinalização e milhares de orientações diárias também fazem parte da estratégia.
“Nosso objetivo é reduzir ao máximo os riscos em rios, piscinas e no mar”, completa o coronel.
Foto: TV Paraná Turismo
ESTATÍSTICAS
Segundo a Sobrasa, o Paraná é destaque na redução de óbitos por afogamento, com queda de quase 58% desde o início da série histórica, há 26 anos.
“A análise é baseada em dados do SUS. Mesmo com dois anos de defasagem, o índice é expressivo”, afirma o vice-presidente da entidade, coronel Edemilson de Barros.
A Sobrasa também coordena ações com voluntários e órgãos públicos.
“O programa Município Mais Resiliente em Afogamento leva orientações a cidades com lagos e praias, com foco em segurança preventiva”, explica.
Foto: CBMPR
CONSCIENTIZAÇÃO
Monumentos em todo o Paraná serão iluminados de azul nesta quinta-feira como parte do movimento internacional Go Blue, em apoio à causa. Em Curitiba, símbolos como o Palácio Iguaçu, o Museu Oscar Niemeyer e o Jardim Botânico ganharão iluminação especial.
ALERTA
O Brasil registra, em média, seis mil mortes por afogamento por ano. Todos os dias, 16 pessoas perdem a vida, sendo quatro crianças – uma delas, dentro de casa.
Entre crianças de até 9 anos, 54% das mortes ocorrem em residências, como piscinas, banheiros e tanques. Já entre adolescentes e adultos, o risco é maior em rios, lagos e no mar. Mesmo quem sabe nadar pode ser vítima de armadilhas como bombas de sucção em piscinas.
Foto: TV Paraná Turismo
ORIENTAÇÕES
Nunca entre na água onde não há salva-vidas.
Mantenha crianças a um braço de distância.
Não nade sob efeito de álcool.
Evite mergulhos de cabeça em locais desconhecidos.
Use coletes salva-vidas em embarcações.
Em casos de enchente, procure locais elevados.
Supervisione crianças em tempo integral, até em casa.
Foto: CBMPR
EMERGÊNCIA
Caso veja alguém em risco, não entre na água para ajudar. Lance uma boia ou objeto flutuante e acione o Corpo de Bombeiros pelo 193.