A Renault e a Volkswagen, duas das principais montadoras de veículos do Brasil, estão adotando medidas para desacelerar a produção devido à estagnação do mercado automotivo no país. A Renault concederá férias coletivas de uma semana para cerca de 3,7 mil trabalhadores em seu Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais. Além disso, desde ontem, a unidade reduziu seu efetivo de dois a um turno de produção por um período de dois a três meses. A Renault fornecerá uma compensação adicional aos funcionários, além de oferecer cursos de qualificação em parceria com o Senai.
Por sua vez, a Volkswagen suspendeu temporariamente a produção de automóveis no Brasil devido à estagnação do mercado. A fábrica de São José dos Pinhais, responsável pela produção do T-Cross, está com um turno em layoff desde o dia 5 de junho, enquanto a unidade de Taubaté, SP, que fabrica o Polo Track e o Novo Polo, interrompeu os dois turnos de produção. Além disso, a fábrica em São Bernardo do Campo, SP, iniciará um período de férias coletivas de dez dias para os dois turnos de produção a partir de 10 de julho.
Essas medidas adotadas tanto pela Renault quanto pela Volkswagen refletem a atual situação do mercado automotivo brasileiro, que enfrenta uma estagnação nas vendas de veículos. Mesmo com o programa de incentivo do governo federal para a indústria automotiva, ambas as montadoras estão tomando precauções para ajustar a produção à demanda atual.
A desaceleração da produção por essas montadoras impacta não apenas os funcionários diretos, mas também toda a cadeia de fornecedores e o setor automotivo como um todo. Essa situação evidencia os desafios enfrentados pela indústria automobilística no Brasil e a necessidade de estímulos adicionais para impulsionar o mercado e a retomada do crescimento do setor.