A revitalização dos molhes e da guia corrente na desembocadura do Canal Artificial do Departamento Nacional de Obras e Saneamento, no balneário de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, alcançou 92% de execução e deve ser concluída em dezembro. A intervenção, considerada estratégica para o Litoral, conta com investimento de R$ 9,4 milhões do Governo do Estado e R$ 496 mil de contrapartida municipal.
OBRA
A estrutura desempenha papel essencial no desassoreamento do canal, favorecendo a navegação e garantindo um fluxo mais seguro de embarcações, incluindo as que transportam turistas para a Ilha do Mel. Entre as melhorias previstas estão nova cota de coroamento para evitar galgamentos, ampliação da largura para passagem de maquinário, ajuste dos taludes, alteração no comprimento e implementação de headland. No total, foram aplicados 40.399,49 metros cúbicos de pedras, equivalentes a 60.599,235 toneladas transportadas por 2.395 caminhões.
O engenheiro civil da Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do Instituto Água e Terra, Roberto Machado Correa, destaca a relevância da obra.
“Essas obras são fundamentais para conter a erosão naquela área, já que as estruturas dissipam a energia das ondas e ajudam a manter um fluxo contínuo de saída do canal de drenagem DNOS em direção ao mar. Vai garantir também, aliado às estruturas que protegem a orla de Pontal do Paraná, o funcionamento do novo sistema de drenagem da região”, afirma.
AVANÇO
Com a aplicação das pedras concluída, seguem agora as etapas finais. Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Jackson Cesar Bassfeld, restam apenas acabamentos para finalizar o projeto.
“As obras estão a todo vapor, restando para conclusão apenas o acabamento do molhe, como calçamento, bancos, iluminação e sinalização náutica. Esperamos entregar para a população a tempo do aniversário do município, em 20 de dezembro”, diz.
BENEFÍCIOS
Além de conter a erosão e melhorar a drenagem, a revitalização tem potencial para ampliar benefícios ambientais. A estrutura favorece a dispersão da água para o mar aberto, reduzindo a concentração de poluentes oriundos da drenagem urbana. Com maior fluxo e troca de água, há incremento da oxigenação e diminuição de episódios de eutrofização.
As pedras também funcionam como recifes artificiais, abrigando invertebrados e organismos filtradores, o que aumenta a disponibilidade de alimentos e atrai peixes residentes e migratórios. Esse processo contribui para o aumento da diversidade e biomassa local, fortalecendo a biodiversidade costeira.
OUTRAS OBRAS
A revitalização do molhe integra um conjunto maior de intervenções em Pontal do Paraná. Em agosto, o Governo do Estado autorizou o início da primeira fase de requalificação da orla, com 3,66 quilômetros entre os balneários de Monções e Canoas. As melhorias incluem novo calçamento, pista de corrida, ciclovia, quiosques, áreas de lazer, sinalização e passarelas acessíveis. O investimento é de R$ 34,5 milhões, com prazo de execução de 13 meses.
A segunda fase também está em andamento, com Licença Prévia emitida pelo IAT para um trecho de 2,77 quilômetros entre Santa Terezinha e Ipanema. O projeto contempla obras de saneamento, calçadões, três quiosques, três passarelas e 13 lounges urbanos.
Com informações da AEN








