Por Luiza Rampelotti
A TCP – Terminal de Contêineres de Paranaguá, participou pelo quarto ano consecutivo da campanha internacional “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Essa mobilização, que ocorreu em mais de 180 países de 25 de novembro até a última terça (10), tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a necessidade de combater a violência de gênero.
No terminal, diversas ações foram realizadas para engajar e fortalecer as mulheres colaboradoras. Entre as atividades de destaque aconteceu uma aula de Krav Maga, voltada exclusivamente às funcionárias. A prática de defesa pessoal foi organizada para promover segurança física e emocional, além de reforçar a autoconfiança.
Para Thaís Mayume Fudo, uma das responsáveis pelas iniciativas, a adesão das colaboradoras tem crescido a cada ano. “No início foi mais difícil engajar as participantes, mas hoje temos uma aceitação incrível. As turmas estão sempre cheias, e as colaboradoras entendem a importância de discutir esse tema. Elas também ajudam a divulgar a campanha, pois sabem que esses momentos impactam não só suas vidas, mas também a comunidade ao redor”, destacou.
Crescimento da participação feminina
A TCP se posiciona como uma das empresas portuárias com maior inclusão feminina no setor. Atualmente, 21% de seus colaboradores são mulheres – uma estatística que sobe para 52% no setor administrativo. Nos últimos 10 anos, a presença de mulheres em cargos operacionais cresceu 126%, enquanto nos postos de liderança esse aumento foi seis vezes maior. Só em 2024, 27% das admissões foram de mulheres, um número acima da média histórica da empresa.
“Esses números mostram o compromisso da TCP com a igualdade de gênero, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente ao ODS 5, que busca eliminar todas as formas de violência contra mulheres e meninas”, explicou Thais.
Técnicas de sobrevivência
O instrutor Dreiberley Prado Mafra Filho, que conduziu a aula de Krav Maga, reforçou a relevância da prática. “A ideia é ensinar técnicas simples que podem salvar vidas. Nosso foco é dar às mulheres ferramentas para sobreviverem a situações de agressão e fortalecerem sua autoconfiança. No entanto, é fundamental que elas continuem buscando treinamento e desenvolvimento, para que se sintam seguras não só no trabalho, mas em todos os ambientes que frequentam”, afirmou.
Além da aula de Krav Maga, a campanha incluiu palestras com profissionais da saúde, do direito e especialistas em violência de gênero. Entre os temas abordados estão a identificação de diferentes formas de violência, os caminhos para denúncia e o acolhimento após situações de agressão.
A campanha reforça que iniciativas práticas, como as promovidas pela TCP, vão além da conscientização. Elas empoderam mulheres a tomarem controle de suas vidas, a se protegerem e a se sentirem mais seguras em todas as esferas – pessoais e profissionais.
“Essas ações não são apenas um evento isolado, mas parte de um compromisso contínuo da empresa com a inclusão, a igualdade e o combate à violência. O impacto dessas iniciativas vai muito além das portas da TCP”, concluiu Thais Fudo.