Por Luiza Rampelotti
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta terça-feira (26) o novo informe semanal sobre a dengue, com 253 novos casos registrados no estado em comparação à semana anterior. Apesar do aumento, o Paraná não contabilizou novas mortes, mantendo o total de uma vítima fatal desde o início do período epidemiológico, em 28 de julho deste ano.
Até agora, o estado soma 36.875 notificações e 4.234 diagnósticos confirmados, com ocorrências em 252 dos 370 municípios que reportaram notificações. No entanto, o destaque do informe é o crescimento tímido nos casos da 1ª Regional de Saúde de Paranaguá, que abrange os sete municípios do Litoral.
Apenas 11 novos casos no Litoral
Na última semana, a 1ª Regional registrou um aumento de apenas 11 novos casos confirmados de dengue, refletindo um crescimento bem abaixo do registrado em outras partes do estado. Entre os municípios, Paranaguá lidera os números da região, com um crescimento de 316 para 326 casos confirmados.
Em Morretes, os diagnósticos subiram de 25 para 26, enquanto Antonina (1), Guaraqueçaba (0), Guaratuba (3), Matinhos (5) e Pontal do Paraná (0) não apresentaram novas infecções confirmadas, mantendo os números estáveis.
Prevenção permanece essencial
Em entrevista à Ilha do Mel FM, o diretor da 1ª Regional de Saúde do Litoral, Leovaldo Bonfim, destacou a importância das ações de combate ao mosquito no Litoral. “Os números relativamente estáveis refletem o trabalho conjunto das equipes de saúde e o esforço de conscientização da população. No entanto, não podemos baixar a guarda. Qualquer descuido pode levar a novos surtos, especialmente com a chegada do verão, quando as condições para a proliferação do mosquito são mais favoráveis”, disse.
Leovaldo também explicou que o vírus predominante atualmente é o tipo 1, que proporciona certa imunidade a quem já contraiu dengue anteriormente. “Entretanto, nossa maior preocupação é com a possível entrada do sorotipo 2, que ainda não havia circulado na região. Esse sorotipo pode causar formas graves da doença, mesmo em pessoas que já tiveram dengue anteriormente”, alertou.
A Sesa também reforça a necessidade de manter os esforços preventivos contra o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Segundo o órgão, eliminar criadouros do mosquito é a principal arma para evitar a proliferação, especialmente em períodos de calor e chuvas.
Para os moradores da região, a orientação é intensificar os cuidados em casa e nos arredores, como evitar o acúmulo de água em recipientes, tampar caixas d’água e descartar adequadamente o lixo.