A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) liberou nesta terça-feira (08) a retirada de moluscos bivalves, como ostras, mexilhões e berbigões, em áreas de cultivo e extrativistas no município de Guaratuba, no litoral do estado, para fins de comercialização e consumo humano. A área havia sido interditada preventivamente no dia 31 de março após a detecção da ficotoxina ácido ocadáico, substância produzida por microalgas que, em altas concentrações, pode representar risco à saúde pública.
Com a realização de duas análises laboratoriais consecutivas e coletas feitas nos dias 31 de março e 3 de abril de 2025, os resultados apresentaram níveis dentro dos limites permitidos pela legislação sanitária vigente. Devido aos índices apresentados pelas novas análises realizadas, a interdição foi revogada e a área está novamente apta para a extração e comercialização dos moluscos.
De acordo com o Departamento de Saúde Animal (Desa) da Adapar em nova
divulgada nesta terça-feira, todas as análises realizadas apresentaram resultados satisfatórios.MONITORAMENTO
O monitoramento da segurança dos moluscos integra o Programa Nacional de Moluscos Bivalves Seguros (MoluBiS), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no qual a Adapar atua como órgão executor no Paraná. As análises são realizadas quinzenalmente e abrangem parâmetros de ficotoxinas e contaminantes microbiológicos. Além disso, são feitas amostragens anuais para avaliação de contaminantes inorgânicos e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), conforme as diretrizes técnicas do programa.
O QUE É
A substância, chamada ficotoxina ácido ocadáico, é produzida por microalgas marinhas que servem de alimento dos moluscos. Ainda que ela não cause mal às ostras e mexilhões, elas podem provocar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia nas pessoas que consomem. O monitoramento é feito a cada três dias.
Nesse caso, a Adapar orienta aos consumidores que procurem atendimento na unidade de saúde mais próxima e realizem a notificação à Vigilância Epidemiológica ou à Vigilância Sanitária municipal.
MARÉ VERMELHA
Os primeiros sinais da proliferação excessiva das algas produtoras da toxina é a mudança da coloração do mar, que fica avermelhado. O fenômeno, que é temporário, pode ser causado por mudanças nas correntes marítimas e das condições climáticas.
Fonte: Adapar