Não há um momento exato para dar as mãos, mas parte desse gesto é instintivo, com raízes profundas em nossos incentivos biológicos.
Estudos demonstram que o simples ato de segurar as mãos pode reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e aumentar a liberação de ocitocina, responsável por promover o bem-estar.
A prática não é exclusiva dos seres humanos. Os chimpanzés, por exemplo, também demonstram esse comportamento, segurando as mãos de outros membros da espécie durante atividades como limpeza.
Conhecido como “handclasping”, esse gesto é transmitido culturalmente, como revelado por um estudo de 2023, que observou diferentes grupos de chimpanzés com suas próprias maneiras de dar as mãos.
Segundo o psicólogo James Coan, o significado de dar as mãos varia de acordo com a cultura. Na Arábia Saudita, por exemplo, esse gesto está mais associado à amizade do que ao romantismo, o que explica o costume de pessoas do mesmo sexo andarem de mãos dadas.
Já na Europa, segurar as mãos está ligado ao romantismo há séculos, sendo até mesmo representado em anéis de noivado dos séculos 13 e 14.
Para além das influências culturais, o hábito de dar as mãos tem raízes na infância, onde aprendemos com nossos pais. A psicóloga Becky Spelman destaca que esse gesto transmite segurança e afeto, fundamentais nas relações amorosas.
Assim, seja por instinto biológico ou influências culturais, dar as mãos continua a ser um gesto poderoso, carregado de significado em diversas sociedades ao redor do mundo.
Com informações de Super Interessante