A Frente Parlamentar das Estatais e Empresas Públicas, coordenada pelo deputado Arilson Chiorato (PT), já realizou três reuniões públicas sobre o assunto, em Curitiba, Francisco Beltrão e Cascavel.
O deputado destacou a importância de realizar essas reuniões em todo o Paraná para ouvir a opinião da população e divulgar informações que estão sendo omitidas. Ele comparou a importância da Copel para o estado à da Petrobras para o Brasil, enfatizando que a empresa é valiosa e desempenha uma função social. Ele defende que a privatização não ocorra de forma rápida e sem discussão com a sociedade.
As reuniões da Frente Parlamentar resultaram na criação de uma Frente Popular e Democrática em Defesa da Copel Pública, que conta com a participação de partidos, sindicatos, movimentos sociais e entidades. Essa frente tem como objetivo ampliar o debate sobre a privatização e levantar questionamentos sobre o processo, como dados inconsistentes nos balanços, contratação irregular de consultorias, práticas comerciais questionáveis e assédio moral aos funcionários.
Chiorato argumenta que entregar a Copel ao mercado financeiro só beneficiará os acionistas, que estão mais interessados em obter retorno sobre seus investimentos do que em investir no crescimento do Paraná. Ele destaca as reclamações de quedas de energia em várias regiões do estado, especialmente nos pequenos municípios.
A deputada Luciana Rafagnin, que participou de uma das reuniões públicas, ressaltou que atualmente a Copel cumpre sua função social ao oferecer tarifa social, beneficiando muitas famílias. Ela questionou o compromisso de uma empresa privada em manter esse benefício caso a Copel seja vendida.