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Milhões de turistas, unidades de saúde sobrecarregadas e surtos de doenças: o outro lado da temporada no Litoral

por Redação Ilha do Mel
12/02/2025 - 11:16
Milhões de turistas, unidades de saúde sobrecarregadas e surtos de doenças: o outro lado da temporada no Litoral

. A região, que vê sua população triplicar durante a alta temporada, recebendo mais de um milhão de visitantes, precisou lidar com a sobrecarga nas unidades de saúde, surtos de viroses gastrointestinais, a persistência da dengue e um preocupante crescimento nos casos de HIV/AIDS. Foto: Divulgação

Por Luiza Rampelotti

A chegada do verão trouxe, além do calor e do aumento no fluxo turístico, uma série de desafios para o sistema de saúde do Litoral do Paraná. A região, que vê sua população triplicar durante a alta temporada, recebendo mais de um milhão de visitantes, precisou lidar com a sobrecarga nas unidades de saúde, surtos de viroses gastrointestinais, a persistência da dengue e um preocupante crescimento nos casos de HIV/AIDS. Em entrevista exclusiva à Ilha do Mel FM, Leovaldo Bonfim, diretor da 1ª Regional de Saúde, falou sobre os esforços do Governo do Estado para garantir atendimento à população e os desafios que ainda precisam ser superados.

O impacto da transição de governo na saúde dos municípios

A virada de ano trouxe não apenas o aumento da demanda por atendimento médico, mas também uma mudança na administração pública. A maioria dos municípios do Litoral passou por uma troca de prefeitos e secretários, impactando diretamente a continuidade dos serviços de saúde.

“Enquanto algumas cidades tiveram uma equipe de transição estruturada, outras iniciaram 2025 praticamente do zero, sem informações consolidadas sobre a situação dos serviços de saúde. Isso gerou insegurança e desorganização, e o Estado precisou intervir para evitar que a população ficasse sem atendimento“, explica Bonfim.

Leovaldo Bonfim, diretor da 1ª Regional de Saúde, falou sobre os esforços do Governo do Estado para garantir atendimento à população e os desafios que ainda precisam ser superados. Foto: Reprodução/Ilha do Mel FM

Um exemplo crítico foi Matinhos, onde a maternidade municipal foi temporariamente fechada devido à falta de insumos e profissionais. “A solução emergencial foi transferir todas as gestantes para o Hospital Regional do Litoral, garantindo atendimento imediato até que a situação no município fosse normalizada“, pontua o diretor.

Verão e a pressão sobre os serviços de saúde

Na alta temporada, os desafios se multiplicam. A população flutuante elevou a demanda por consultas, internações e atendimentos de urgência. Para evitar o colapso do sistema, o governo estadual investiu mais de R$ 9 milhões na contratação de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além da disponibilização de ambulâncias e medicamentos.

“Esse recurso permitiu que os municípios mantivessem um atendimento adequado, principalmente nos postos de saúde e UPAs. O Estado também reforçou o SAMU e o transporte aeromédico, garantindo que casos graves pudessem ser transferidos com agilidade“, afirma Bonfim.

No entanto, um fator inesperado colocou ainda mais pressão sobre o sistema: um surto de viroses gastrointestinais, que fez os atendimentos triplicarem nas unidades de saúde. “O número de casos foi absurdamente alto, bem acima do que estamos acostumados nessa época do ano. Em resposta, instalamos três tendas de atendimento emergencial em Pontal do Paraná, Matinhos e Guaratuba, o que ajudou a evitar uma sobrecarga nos hospitais“, destaca.

Viroses gastrointestinais: o que aconteceu neste verão?

O aumento expressivo dos casos de viroses gastrointestinais pegou autoridades e profissionais de saúde de surpresa. “Sempre há um crescimento no número de atendimentos por diarreia aguda no verão, mas este ano os números foram exorbitantes“, relata Bonfim.

O culpado? Um vírus altamente transmissível: o norovírus. “Ele começou a circular pelo litoral de São Paulo, depois chegou ao Paraná e, em seguida, a Santa Catarina. O que o torna perigoso não é a gravidade dos sintomas, mas sim a rapidez com que se espalha“, explica.

Os sintomas incluem náusea, vômito, diarreia e, em alguns casos, febre. O tratamento, segundo o diretor da Regional de Saúde, é simples: hidratação intensa e repouso. “O vírus geralmente dura entre três e quatro dias, e os pacientes se recuperam bem, desde que não cheguem a um estado de desidratação“, ressalta.

A boa notícia é que o surto já está em queda. “As tendas emergenciais continuam funcionando, mas os atendimentos voltaram a níveis normais“, diz Bonfim.

A dengue continua sendo um problema?

Se por um lado o surto de viroses foi inesperado, a dengue já é uma velha conhecida do litoral paranaense. “Somos uma região endêmica, ou seja, o vírus da dengue circula o ano todo. Não estamos em epidemia, mas os casos seguem sendo registrados constantemente“, alerta Bonfim.

A grande preocupação está na baixa adesão à vacinação. “A cobertura vacinal entre adolescentes de 10 a 14 anos está abaixo de 60%, o que é alarmante. Essa faixa etária é altamente suscetível à dengue, e a vacina pode fazer toda a diferença na prevenção de formas graves da doença“, explica.

Como estratégia de combate, o Ministério da Saúde enviou mais de 10.550 testes rápidos para os municípios do Litoral. “Isso permite que os médicos diagnostiquem a doença com mais rapidez e iniciem o tratamento precoce, evitando complicações“, detalha Bonfim.

Sobre a participação da população no controle da doença, o diretor reconhece os esforços, mas alerta para pontos críticos. “A maioria das pessoas se preocupa em eliminar criadouros óbvios, como vasos de plantas e calhas. No entanto, o mosquito se adapta e busca locais inusitados, como o reservatório de água atrás da geladeira e caixas d’água mal tampadas. Esses são os locais onde ele está se proliferando“, reforça.

HIV/AIDS: Paranaguá entre os piores índices do Brasil

Se a dengue e as viroses preocupam, os números de HIV/AIDS no Litoral acendem um alerta ainda maior. Paranaguá foi classificada como a quarta cidade do Brasil com maior incidência da doença entre municípios com mais de 100 mil habitantes.

“O índice do Ministério da Saúde considera não apenas o número absoluto de casos, mas também a taxa de transmissão em diferentes grupos da população. Um dado que nos preocupa muito é o crescimento de casos em bebês, o que indica falhas no pré-natal“, alerta Bonfim.

As principais causas desse cenário incluem o alto fluxo de pessoas, a presença do Porto de Paranaguá, a prostituição e o aumento do consumo de drogas. “Infelizmente, cidades portuárias costumam ter índices elevados de HIV. Não podemos ignorar essa realidade“, afirma o diretor.

Para descentralizar o tratamento, o governo estadual passou a distribuir medicamentos nos municípios, evitando que pacientes de Guaratuba, Matinhos e Antonina precisem se deslocar até Paranaguá. “O objetivo é facilitar o acesso ao tratamento e garantir que ninguém abandone a medicação“, reforça.

O futuro da saúde no Litoral: novos hospitais e investimentos

Apesar dos desafios, a saúde no litoral paranaense também está passando por um processo de modernização. Entre as principais iniciativas do governo estadual estão:

  • Reformas no Hospital Regional do Litoral – Com ampliação dos leitos da maternidade e melhorias na infraestrutura.
  • Construção de um novo hospital em Matinhos – Com 120 leitos, atenderá a população de Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná.
  • Criação de um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) – Em Paranaguá, para reduzir a necessidade de deslocamentos para Curitiba.

“O Litoral está crescendo, e a infraestrutura de saúde precisa acompanhar esse crescimento. Temos muito trabalho pela frente, mas estamos construindo um sistema mais forte e preparado para atender a população com qualidade”, conclui Bonfim.

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