O que era para ser uma manhã tranquila na comunidade de Nova Brasília, na Ilha do Mel, virou uma confusão generalizada na última segunda-feira (21) feriado de Tiradentes. O episódio envolveu agressões físicas, ameaças de morte, insultos homofóbicos e intervenção policial com uso de força.
De acordo com o boletim de ocorrência, tudo começou quando uma comerciante da Ilha enviou uma mensagem ao efetivo da PM relatando que uma ex-funcionária havia arrombado a porta de um alojamento e estava agredindo moradores do local. Ao chegarem, os policiais encontraram a comerciante prestando informações quando foram interrompidos pela autora da invasão, que passou a gritar publicamente, alegando que havia flagrado o companheiro mantendo relações sexuais com outra mulher dentro do alojamento.
Ainda segundo o relato policial, a mulher, visivelmente alterada e com sinais de embriaguez, passou a gritar palavras ofensivas e detalhar supostas orgias e consumo de cocaína no local, constrangendo clientes de um restaurante nas proximidades. Em determinado momento, começou a proferir insultos homofóbicos contra um dos moradores do alojamento, além de ameaçar verbalmente outro envolvido, que apresentava sangramento no lábio e alegou ter sido agredido.
Durante a abordagem policial, a mulher confirmou que havia ingerido bebida alcoólica e também usado cocaína. Mesmo após tentativas de diálogo, reagiu com agressividade contra os policiais, chegando a empurrar um cabo da PM e tentar chutá-lo. Diante da resistência, os agentes utilizaram técnicas de imobilização previstas pela corporação e, para preservar a integridade física de todos, foi necessário o uso de algemas.
O caso se agravou ainda mais no deslocamento para o destacamento policial, quando a suspeita voltou a ameaçar um dos envolvidos, dizendo que o mataria enquanto ele estivesse dormindo.
Apesar de o caso envolver uma série de crimes, incluindo desacato, injúria por homofobia e desobediência, o Termo Circunstanciado de Infração Penal (TCIP) não conseguiu registrar todas as tipificações. Isso ocorreu, segundo o B.O., devido a limitações do próprio sistema SESP Intranet, que não aceita múltiplas naturezas criminais em uma mesma elaboração de TCIP.
Além disso, por problemas mecânicos na embarcação da Patrulha Costeira, foi necessário acionar a Guarda Municipal para realizar o translado da suspeita até Paranaguá, onde o caso foi formalizado e registrado como violação de domicílio, ameaça e lesão corporal, entre outras ocorrências.









