Na manhã do último domingo (19), moradores da Rua Osvaldo Gonçalves Ferreira, no bairro Guaraituba, em Paranaguá, foram surpreendidos por um caso que gerou indignação na vizinhança. Um cachorro da raça Pinscher, conhecido na comunidade por seu costume de circular pelas redondezas, foi encontrado morto em frente à residência de seu tutor, com uma perfuração suspeita de ter sido provocada por um disparo de arma de pressão.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Civil do Paraná, o tutor do animal, Anderson Vecchio, relatou que Ted, seu cachorro já idoso, fugiu de casa pela manhã, como costumava fazer, e pouco tempo depois foi encontrado ferido e sem vida na porta da residência. Vizinhos relataram à polícia que ouviram um estampido vindo da direção de uma casa vizinha, levantando a suspeita de que o animal tenha sido alvejado.
Em entrevista à Ilha do Mel FM, Anderson afirmou que o cachorro não representava qualquer risco à vizinhança, pois, devido à idade avançada, já não possuía todos os dentes. “Ele era um animal dócil, conhecido por todos, não oferecia perigo a ninguém”, disse.

Testemunhas informaram que um morador da região, que possui uma arma de pressão em casa, foi visto saindo de sua residência logo após o incidente. Ainda segundo os relatos, havia vestígios de sangue no local onde o animal foi encontrado. A equipe policial tentou localizar o suspeito, mas ele já havia deixado a residência antes da chegada da viatura.
Apesar dos indícios, até o momento, o possível autor do disparo não foi identificado. O tutor do cão foi orientado sobre os próximos passos legais, e a Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer as circunstâncias da morte do animal.

Maus-tratos a animais são considerados crime ambiental no Brasil, conforme previsto na Lei Federal nº 9.605/1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais. Em 2020, a Lei nº 14.064 trouxe uma punição mais severa para casos de maus-tratos a cães e gatos, ampliando a pena para reclusão de dois a cinco anos, além de multa e a proibição de guarda do animal.
Por Luiza Rampelotti