Por Elano Squenine sob supervisão de Luiza Rampelotti
Com a chegada do Verão Maior Paraná 2024/2025, as praias viram os principais destinos dos paranaenses. Para garantir a segurança dos veranistas, o Corpo de Bombeiros reforça as orientações sobre cuidados ao entrar na água, diante de casos recentes de afogamentos nas praias, rios e piscinas.
A principal recomendação é que os banhistas fiquem atentos às sinalizações, como bandeiras e faixas de orientação, para identificar os locais seguros e proibidos para o banho. Os turistas e moradores também devem se manter próximos aos postos de guarda-vidas.
Em entrevista à Rádio Ilha do Mel FM, a Capitã Tamires Silva, da Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, alertou sobre os riscos ao se banhar em locais não protegidos por guarda-vidas.
“Temos postos de guarda-vidas distribuídos por todo o litoral do estado. A forma mais segura para o banhista é procurar um posto de guarda-vidas. Locais protegidos são identificados pela bandeira vermelha sobre a amarela. Já as bandeiras pretas ou a ausência de sinalização indicam áreas perigosas, que devem ser evitadas”, afirmou.
Os postos de guarda-vidas funcionam todos os dias, das 8h da manhã às 19h.
Segundo a capitã, é fundamental que os banhistas prestem atenção nas bandeiras. Quando o posto está ativo, a bandeira vermelha sobre a amarela está visível, indicando que aquele local é seguro para o banho. Ao contrário, a bandeira preta ou a ausência de sinalização são sinais claros de perigo, e o banhista deve se afastar imediatamente.
Rios
A Capitã também destacou os cuidados ao se banhar em rios, que apresentam riscos específicos. “Os rios possuem profundidades irregulares e podem conter materiais perigosos no fundo, como pedras, troncos e entulhos. Além disso, a variação de fluxo de água pode ser bastante perigosa”, explicou.
Outro ponto crítico é a “cabeça d’água”, que ocorre após chuvas. Quando o volume de água aumenta em pontos distantes, pode haver uma elevação repentina do nível do rio, o que é extremamente arriscado. Ao perceber galhos, folhas e a água ficando turva, é necessário sair imediatamente do rio.
Ela também alertou sobre o risco de pular em rios, especialmente em pontos desconhecidos: “Nunca pule em rios! A profundidade do rio varia bastante, e, mesmo que pareça seguro, a correnteza pode mudar rapidamente. Em caso de chuva, o risco aumenta ainda mais. É sempre melhor evitar saltos e nadar com cautela.”
Piscinas
Outro ponto importante é o banho em piscinas, que, embora pareçam mais seguras, também exigem cuidados. “A piscina é um ambiente aquático controlado, mas não é livre de perigos. Nunca se deve entrar na piscina após o consumo de bebidas alcoólicas, pois isso pode comprometer os reflexos e aumentar o risco de afogamentos”, alertou a Capitã.
De acordo com Tamires, é fundamental evitar saltos em áreas rasas. Há registros alarmantes de traumas na coluna e outras fraturas causadas por pulos em profundidades pequenas.
Crianças no ambiente aquático
Com as crianças, a vigilância deve ser constante e ininterrupta. Elas devem estar sempre a um braço de distância do adulto, seja na piscina, na praia ou em qualquer ambiente aquático. Além disso, é importante reforçar que a boia, embora ofereça alguma proteção, muitas vezes dá uma falsa sensação de segurança.
“Os pais não podem relaxar, achando que a boia vai garantir a proteção. O olhar atento de um adulto é fundamental”, finalizou.