No dia 17 de Maio, comemoramos o Dia Internacional da Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, uma data marcada pela relevância histórica e pela incessante busca por igualdade e respeito. Esta data foi escolhida em memória do momento em que a Organização Mundial da Saúde deixou de classificar a homossexualidade como patologia, em 1990.
O objetivo deste dia é chamar a atenção para as discriminações e exclusões enfrentadas pelos membros da comunidade LGBTQIAP+ e promover a garantia de seus direitos fundamentais. No Brasil, a partir dos anos 2000, testemunhamos uma série de avanços decorrentes da luta LGBTQIAP+, incluindo a conquista do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a possibilidade de retificação de nome e gênero, e a criminalização da homofobia e transfobia.
Desde 2020, observamos também um aumento significativo no número de candidatos e eleitos a cargos públicos pertencentes à comunidade LGBTQIAP+. Neste mesmo período, as eleições alcançaram um recorde de pessoas trans eleitas para a Câmara dos Vereadores, e em 2022, o país elegeu 18 parlamentares que são declaradamente membros da comunidade. Esta representação política é essencial para promover políticas públicas que garantam os direitos e protejam a comunidade LGBTQIAP+, além de construir um sistema político mais justo e inclusivo.
Na área da saúde pública, um marco importante foi a aprovação pelo Senado, em 2021, do projeto de lei que proíbe a discriminação de doadores de sangue com base na orientação sexual. Esta conquista foi resultado da luta contra a estigmatização em relação ao HIV/AIDS. Desde o início de 2024, é proibido impedir que homens homossexuais doem sangue, uma vez que tal impedimento carecia de embasamento científico.
Embora tenhamos alcançado progressos significativos, reconhecemos que ainda há um longo caminho a percorrer. No entanto, é impossível não celebrar as conquistas até o momento. A luta contra a LGBTfobia continuará buscando por mais direitos e pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária.