A parnanguara Emilly Micaela Marcondes fez história no futsal feminino mundial. Na quarta-feira (15), a pivô de 30 anos foi eleita a melhor jogadora do mundo pela Futsal Planet, consagrando um ano de conquistas e um talento que a levou de Paranaguá aos maiores palcos do esporte.
Criada na Ilha dos Valadares, Emilly começou sua relação com o esporte ainda criança, brincando nas ruas de Paranaguá. Aos 11 anos, sob o comando de seu primeiro treinador, Irael Plantes, na antiga Fundação de Esportes, a jovem começou a dar seus primeiros passos no futsal. Aos 14, deixou a cidade natal para seguir seu sonho, passando por equipes em Telêmaco Borba, Fortaleza, São Paulo e, finalmente, na Espanha, onde construiu uma carreira vitoriosa.
“Aprendi muito do futsal devido ao Irael. Sou muito grata por ele e por todas as pessoas que acreditaram em mim no início“, relembra Emilly.
Mesmo com o reconhecimento atual, o caminho não foi fácil. A atleta enfrentou preconceitos por atuar em um esporte considerado masculino e dificuldades financeiras. “Já bati em portas pedindo apoio e não consegui. Mas tive professores e pessoas que me ajudaram, e sou grata por isso”, conta a jovem.
Conquistas de destaque
Em 2024, Emilly foi fundamental nas conquistas da Liga Espanhola, da Super Copa da Espanha, com o Burela F.C., e do Torneio Internacional de Futsal Feminino, onde foi artilheira e destaque da competição pela Seleção Brasileira. Ainda com a Seleção Brasileira, a pivô já acumula títulos importantes, como o Campeonato Sul-Americano, e segue como um dos principais nomes da equipe.
Entre os inúmeros títulos na carreira, destacam-se:
- Melhor jogadora de futsal do mundo 2024
- Campeã da Liga Espanhola 2023/24
- Melhor jogadora da Liga da Espanha 2023/2024
- Campeã do Torneio Internacional de Futsal Feminino
- Campeã da Copa da Rainha e da Super Copa da Espanha
- Campeã Sul-Americana com a Seleção Brasileira
Melhor jogadora de futsal do mundo
Emilly se tornou a 15ª brasileira a conquistar o título de melhor jogadora de futsal do mundo, mantendo a hegemonia nacional na premiação desde 2007.
Mesmo com avanços, a atleta acredita que ainda há muito a ser feito pelo futsal feminino. “Ainda não temos um calendário nacional de competições. Muitas jogadoras precisam sair do país para jogar. A FIFA já prometeu o tão sonhado Mundial. Estamos esperançosas“, comentou.
Por Luiza Rampelotti