Na última segunda-feira (13), a Estação Ferroviária de Paranaguá, localizada na Avenida Maximiano da Fonseca, reabriu suas portas, marcando um novo capítulo para a preservação do patrimônio cultural da cidade. Moradores e turistas têm a oportunidade de conhecer mais sobre a rica memória ferroviária local, com a exposição de objetos históricos das décadas de 1920 e 1930, medalhas das locomotivas que operaram entre 1890 e 1912, e até mesmo uma locomotiva que serviu o Porto de Paranaguá de 1970 até os anos 2000.
Para a reabertura do espaço, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo realizou um mutirão de limpeza e reestruturação para transformar a estação em um ponto de encontro cultural e histórico. Segundo Paula Torres, superintendente de Fomento à Cultura e ao Turismo, da Prefeitura, a iniciativa é um marco para a cidade. “A Estação Ferroviária é um atrativo turístico e histórico muito importante para Paranaguá e para o Paraná. Organizamos o espaço para receber moradores e turistas, possibilitando que conheçam um pouco mais sobre a história da cidade. Nosso objetivo é fazer com que a estação seja viva, com atividades regulares e visitas guiadas programadas para daqui a dois meses”, disse.
Exposição em prol de Marcial Neves
Para celebrar a reabertura, uma exposição especial será inaugurada nesta quarta-feira (15), às 19h30. O evento reúne obras de artistas plásticos de Paranaguá em homenagem a Marcial Neves, um dos pintores mais premiados da cidade, que recentemente sofreu um AVC. Toda a renda arrecadada com a venda das obras será destinada ao custeio do tratamento médico do artista.
A exposição também homenageia a memória de Dona Célia Machado, uma parnanguara que completou 100 anos no último domingo (12) e que nasceu na própria Estação Ferroviária. Durante a semana, familiares dela visitaram o espaço, reforçando os laços emocionais entre a comunidade e o patrimônio histórico.
“Essa homenagem ao Marcial é uma demonstração da força da cultura local. Os amigos e artistas se uniram para ajudar, e isso mostra como a arte pode transformar vidas, especialmente em momentos de dificuldade”, destacou Paula Torres. A exposição permanecerá aberta ao público durante toda a semana, e as obras de arte poderão ser adquiridas no local.
“A estação está de portas abertas para receber todos que desejam conhecer mais sobre o passado ferroviário da cidade e, ao mesmo tempo, contribuir para uma causa tão importante quanto o tratamento do Marcial”, concluiu Paula Torres.
Por Luiza Rampelotti