No dia 15 de outubro, durante uma agenda em Brasília, o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) fez comentários positivos sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que gerou surpresa, já que Otoni é conhecido por ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
QUEM É OTONI DE PAULA?
Otoni Moura de Paulo Junior nasceu em 22 de novembro de 1976, no Rio de Janeiro, e tem 47 anos. Ele é filho do falecido Otoni Moura de Paulo (MDB-RJ), que era deputado estadual no momento de seu falecimento em 2024. Otoni se mudou para Nova Iguaçu na infância e começou sua carreira como pastor na Igreja Evangélica Assembleia de Deus aos 17 anos. Em 1998, fundou o Ministério Missão de Vida.
Sua trajetória política começou em 2012, quando se candidatou a vereador pelo PSDC, mas não foi eleito. Ele se tornou vereador em 2016 e, em 2018, foi eleito deputado federal pelo PSC. Em 2022, foi reeleito pelo MDB, com 158.507 votos, e seu mandato vai até 2027. Em sua página na Câmara, Otoni afirma lutar por valores cristãos, saúde, segurança e contra a corrupção.
O QUE OTONI DISSE?
Durante a cerimônia de sanção do Dia Nacional da Música Gospel no Palácio do Planalto, Otoni se dirigiu a Lula de maneira respeitosa, afirmando que, apesar de ter sido um crítico do governo anterior, agora representava a Frente Parlamentar Evangélica. Ele destacou que, independentemente de opiniões políticas, os evangélicos deveriam orar pelas autoridades.
Otoni também reconheceu que muitos evangélicos podem não ter votado em Lula, mas ressaltou que os programas sociais do governo atual beneficiam os mais necessitados, um público que, segundo ele, sempre foi priorizado por Jesus.
REPERCUSSÃO E RESPOSTA DE OTONI
Na madrugada de 16 de outubro, Otoni publicou um vídeo em seu Instagram para esclarecer suas declarações. Ele explicou que sua presença no evento foi em sua função como vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, representando outro deputado.
Ele expressou sua surpresa com as críticas recebidas, questionando se ser grato a Lula pelos programas sociais significava que ele estava se tornando um “traidor” de sua fé. Otoni pediu desculpas a quem se sentiu ofendido, mas afirmou que não se arrependeu de sua participação no evento e considerou um privilégio ter estado lá. Ele fechou os comentários da postagem para evitar mais discussões.
Com informações da CNN Brasil