A Justiça determinou a soltura de Giovanna Volcov, de 29 anos, acusada de matar o policial militar Marcos Aurélio dos Santos Júnior, de 28 anos, em Paranaguá, no final do ano passado. A decisão foi tomada na quarta-feira (19), durante audiência de instrução e julgamento, e o alvará de soltura foi expedido para que a acusada aguarde o julgamento em prisão domiciliar. Giovanna estava presa preventivamente desde 23 de dezembro de 2024, quando foi apontada como a principal suspeita do crime.
De acordo com a investigação da Polícia Civil do Paraná, testemunhas relataram que, na madrugada do crime, Marcos Aurélio chegou alcoolizado à casa de Giovanna, no bairro Vila Paranaguá. O casal, que estava junto há cerca de três anos, discutiu e, durante a confusão, um disparo foi ouvido. O policial foi atingido e morreu no local.

Giovanna foi presa em flagrante e teve a prisão convertida para preventiva horas depois. Durante seu primeiro depoimento à polícia, ela optou por permanecer em silêncio. No entanto, na sequência, a acusada confessou ter atirado contra o companheiro e afirmou que o fez após ter sido estuprada por ele naquela noite.
Na audiência, sete testemunhas foram ouvidas. Segundo a advogada de defesa, Aline Vasconcelos, todas descreveram um relacionamento violento. “No interrogatório, todos os presentes descreviam um relacionamento muito violento do policial para com a Giovanna”, afirmou à Ilha do Mel FM.

A defesa argumentou que Giovanna é ré primária, tem bons antecedentes, cursa duas faculdades e é mãe de uma criança autista não verbal. “Após o término da audiência, a defesa requereu a revogação da prisão preventiva da acusada, justificando que esta cumpria os requisitos, sendo primária, tendo bons antecedentes, duas faculdades e mãe de um filho do espectro autista não verbal”, explicou Aline.
O Ministério Público concordou com o pedido, e o juiz determinou que a acusada aguarde o julgamento em prisão domiciliar. “O magistrado acolheu o pedido da defesa, expediu o alvará de soltura, possibilitando a Giovanna aguardar o julgamento em prisão domiciliar”, concluiu a advogada.