O Brasil enfrenta um aumento preocupante no consumo de drogas do tipo “Z”, conhecidas como hipnóticos, prescritas principalmente para tratar a insônia. Essa tendência é observada por oito dos principais especialistas em saúde do país, entrevistados pelo UOL.
De acordo com dados da Anvisa, as vendas de zolpidem, um dos principais hipnóticos, aumentaram significativamente, saltando 66,8% entre os anos de 2018 e 2022. Esses números alarmantes chamam a atenção para o cenário atual de saúde pública, embora as autoridades relutem em usar o termo “epidemia”, reservado para doenças contagiosas.
Em 2023, observou-se uma estabilização no consumo da droga, o que alguns médicos atribuem ao processo de “desmame” adotado por pacientes, que consiste na retirada gradual do medicamento. No entanto, a ausência de dados oficiais sobre internações não permite uma análise completa do impacto desse aumento no sistema de saúde.
Apesar da falta de números oficiais, especialistas entrevistados pela reportagem indicam que as internações relacionadas ao uso desses hipnóticos aumentaram consideravelmente desde 2018. Essa tendência levanta preocupações sobre a saúde e bem-estar dos indivíduos afetados, bem como sobre a necessidade de abordagens mais eficazes para lidar com o vício em drogas Z.
Com informações de UOL