A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira, 28 de outubro, o Boletim Epidemiológico da Dengue, que aponta uma queda de 85% nos casos confirmados da doença em 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. O número de óbitos também caiu 81%, segundo o levantamento.
De janeiro até agora, o Paraná registrou 90.717 casos confirmados, contra 616.963 no mesmo período de 2024. O número é inferior também aos registros de 2020 (234.841), 2022 (144.971) e 2023 (163.847). Apenas 2021 apresentou número menor, com 27.142 casos.
Em relação às mortes, o Estado contabiliza 139 óbitos em 2025, frente a 733 no ano passado. O total é menor que o de 2020, quando houve 193 óbitos, mas acima dos números de 2021 (28), 2022 (112) e 2023 (129).

QUEDA
A redução dos casos vem sendo observada desde o início do ano. Entre janeiro e julho, o Paraná registrou 85,72% menos casos de dengue que no mesmo período de 2024 — 87.598 contra 613.371. As mortes também diminuíram, de 729 em 2024 para 129 neste ano.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destacou que os resultados refletem o trabalho conjunto entre Estado e municípios.
“A redução é parte importante do trabalho que a Sesa tem feito após os recordes históricos de casos que foram registrados em todo Brasil. No Paraná, trabalhamos muito em parceria com os municípios para a conscientização da população, por meio de ações estratégicas e investimento em técnicas de controle”, afirmou.
Em 2024, o Brasil registrou recorde histórico de 6,6 milhões de casos e 6 mil mortes pela doença, sendo o Paraná um dos estados mais afetados, com 653 mil casos confirmados.

REGIÕES
O boletim mostra que as regiões Norte e Noroeste concentram mais da metade dos casos do Estado. As 14ª, 15ª e 17ª Regionais de Saúde respondem por mais de 50% dos casos confirmados e 64% das mortes por dengue em 2025.
A 17ª Regional de Saúde de Londrina, que abrange 21 municípios, lidera o número de casos com 22.385 confirmações e 43 mortes. Em seguida vem a 14ª Regional de Paranavaí, com 12.856 casos e 14 óbitos, e a 15ª Regional de Maringá, com 11.161 casos e 32 mortes.
PREVENÇÃO
Mesmo com a queda expressiva, a Sesa mantém o alerta e reforça a importância da continuidade das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya. As medidas incluem remoção de criadouros, bloqueio de casos, mutirões, mobilização social e monitoramento vetorial.

A secretaria também capacitou equipes dos 399 municípios com o protocolo “Novas Diretrizes para Prevenção e Controle de Arboviroses”, publicado recentemente pelo Ministério da Saúde.
Entre as estratégias, destaca-se o uso das armadilhas ovitrampas, que auxiliam no monitoramento da infestação do mosquito. Atualmente, 170 municípios já utilizam o método.
Outra iniciativa é a nova biofábrica de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, instalada no Parque Tecnológico da Saúde, em Curitiba — considerada a maior do mundo. A estrutura permitirá produção em larga escala de mosquitos Wolbitos, utilizados no controle biológico das doenças transmitidas pelo vetor.
Com informações da AEN








