Cavalo de troia, presente dos gregos existiu mesmo?

Desde os bancos escolares, somos ensinados sobre a astúcia dos gregos ao invadir a cidade de Troia com um gigantesco cavalo de madeira, disfarçado de presente. Essa narrativa deu origem à expressão “presente de grego”, quando algo infortúnio nos acontece de forma inesperada.

Mas, será que essa história é mais do que apenas uma lenda? A realidade é que há poucas evidências que confirmem sua veracidade. Vamos relembrar como essa história se desenrolou, caso você não se lembre ou não conheça.

A lenda conta que os gregos, liderados por Agamenon e com Aquiles como um dos principais guerreiros, sitiaram Troia por uma década sem sucesso. Para superar as defesas da cidade, os gregos aparentemente abandonaram o cerco e deixaram um enorme cavalo de madeira nas portas de Troia, fingindo ser uma oferenda ao deus Atena.

Os troianos, enganados, levaram o cavalo para dentro da cidade como um símbolo de sua vitória. À noite, os soldados gregos escondidos dentro do cavalo saíram e abriram as portas da cidade, permitindo a invasão e a destruição de Troia.

No entanto, os arqueólogos não encontraram evidências sólidas que confirmem a existência da Guerra de Troia ou seu desfecho surpreendente.

O que sabemos sobre Troia é que ela possivelmente foi uma cidade da Idade do Bronze, localizada onde atualmente está Hisarlık, na Turquia. Descoberta pelo explorador alemão Heinrich Schliemann na década de 1870, escavações revelaram vestígios de incêndio e pontas de flechas, sugerindo uma possível batalha na região por volta de 1200 a.C., uma data próxima àquela mencionada pelo poeta Homero em sua obra “Ilíada”.

Quanto ao famoso cavalo de Troia, ele é mencionado brevemente por Homero em “Odisseia” e recebe uma descrição mais detalhada em “Eneida”, do poeta romano Virgílio. No entanto, esses relatos surgiram mais de mil anos após o evento supostamente ter ocorrido.

Muitos arqueólogos modernos questionam a veracidade dos relatos de Virgílio, sugerindo que o cavalo poderia ser uma metáfora ou uma máquina de cerco diferente do que foi descrito. Alguns até sugerem que o cavalo de madeira foi inspirado em técnicas militares da época, como revestir máquinas de cerco com peles de cavalo úmidas para evitar incêndios.

Independentemente de sua autenticidade histórica, o cavalo de Troia se tornou parte do imaginário cultural global. Até mesmo na informática, o termo “Cavalo de Troia” é usado para descrever um tipo de malware que invade sistemas disfarçado de algo inofensivo.

Com informações de Olhar digital