A prisão de Aleandro Lourenço de Barros, conhecido como “Magrão”, trouxe um novo desdobramento no caso do desaparecimento de Sandra Mara da Silva Camargo, de 49 anos. A diarista foi vista pela última vez no dia 13 de dezembro de 2024, ao sair do trabalho em uma panificadora em Matinhos. Desde então, sua família enfrenta meses de incerteza, sem respostas sobre seu paradeiro.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou a prisão na quinta-feira (20), após dois meses de investigação. Segundo as autoridades, Aleandro era companheiro de Sandra e foi a última pessoa a vê-la antes do desaparecimento. A residência onde ambos moravam, no balneário Praia de Leste, em Pontal do Paraná, fica próxima a uma área de mata, onde buscas já foram realizadas.
As últimas horas de Sandra Mara
Na tarde do dia 13 de dezembro, Sandra saiu do trabalho e retornou para casa. A polícia encontrou na residência as roupas que ela usava no dia do desaparecimento, um dos indícios que reforçam a suspeita de que ela esteve no local antes de sumir. Em depoimento, Aleandro afirmou que ouviu movimentação da companheira dentro da casa naquela noite, mas que, ao acordar no dia seguinte, ela já não estava mais lá. Ele disse não saber o que aconteceu.
Para a filha mais nova da diarista, Any Karoline Camargo, a prisão de Aleandro pode ser um avanço na investigação, mas ainda não representa uma resposta definitiva. “Queremos saber onde está minha mãe. O tempo passa e essa angústia só aumenta“, declarou.
Investigação e buscas na área de mata
Com a prisão do suspeito, a Polícia Civil intensificou as buscas em uma área de mata próxima à residência de Sandra, localizada às margens da PR-407, rodovia que corta Pontal do Paraná. Em nota oficial, a corporação informou que segue com as diligências e que mais detalhes serão divulgados conforme o andamento do inquérito.
“A PCPR investiga o desaparecimento de uma mulher, em Pontal do Paraná, ocorrido no dia 13 de dezembro. Um suspeito foi preso e diligências estão sendo realizadas para localizá-la. Mais detalhes serão repassados conforme o avanço da investigação.”

As autoridades pedem a colaboração da população e reforçam que qualquer informação pode ser repassada anonimamente pelos telefones 197 (Polícia Civil) ou 181 (Disque-Denúncia).
Família busca por respostas
A incerteza sobre o paradeiro de Sandra Mara afeta profundamente seus familiares e amigos. Além de diarista, ela complementava a renda alugando uma bola inflável para crianças no balneário Praia de Leste. Sandra tem três filhos e três netos e completaria 50 anos no dia 2 de março.
Enquanto a investigação prossegue, a família mantém a esperança de obter respostas. “Não vamos descansar até saber o que aconteceu“, afirma Any Karoline.
Confira o vídeo gravado por Any Karoline para a página Folha de Pontal do Paraná: