O Estado do Paraná decidiu antecipar a campanha de vacinação contra a gripe, uma iniciativa inédita no Brasil. A decisão foi tomada devido ao aumento de casos graves e óbitos relacionados ao vírus Influenza H1N1, como explicou Leovaldo Bonfim, diretor da 1.ª Regional de Saúde, com sede em Paranaguá.
A campanha nacional, prevista para começar em 7 de abril, iniciou no Paraná a imunização neste 1.º de abril. “Estamos observando uma mudança no comportamento sazonal da gripe, que tem se tornado contínua. Nossa intenção com essa antecipação é reduzir os casos graves e os óbitos”, destacou Leovaldo.
A Regional de Saúde já recebeu um primeiro lote de 9 mil doses, que foram distribuídas aos municípios do litoral do estado. O público-alvo inicial inclui gestantes, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, além de idosos acima de 60 anos. No decorrer da campanha, outros grupos prioritários, como profissionais da saúde, educação, motoristas de transporte coletivo e indígenas, também serão contemplados.

Litoral do Paraná deve vacinar contra a gripe cerca de 126 mil pessoas de grupos prioritários. A decisão de antecipar a vacinação foi baseada no monitoramento das síndromes respiratórias agudas graves. “Desde janeiro, já temos registro de casos graves de H1N1, o que levou o estado a agir rapidamente para proteger a população”, explicou o diretor da 1.ª Regional de Saúde.
“DIA D” DA CAMPANHA
A campanha contará ainda com um “Dia D” de imunização, marcado para 10 de maio, quando unidades de saúde estarão abertas para atender a população. Diferente de anos anteriores, em 2024 a vacinação contra a gripe não terá um encerramento oficial. A vacina continuará disponível ao longo do ano nas unidades de saúde com estrutura adequada para armazenamento.

IMPORTÂNCIA DA IMUNIZAÇÃO
Leovaldo Bonfim, diretor da 1.ª Regional de Saúde, fez um apelo à população para que busque a imunização e supere a desinformação sobre a vacina. “A vacina protege contra formas graves da doença e reduz a necessidade de hospitalizações. Precisamos reforçar a importância da imunização para evitar uma sobrecarga no sistema de saúde, especialmente neste período crítico para doenças respiratórias”, concluiu.