A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) alerta paranaenses e turistas para o aumento de acidentes com animais peçonhentos até março, período marcado por calor, umidade e maior fluxo de pessoas em áreas turísticas, de mata e litoral. No primeiro trimestre de 2025, quase 3 mil acidentes foram notificados no pico desse período.
CENÁRIO
Os registros mais comuns em ambientes terrestres envolvem cobras, lagartas, abelhas, escorpiões e aranhas. Já nas praias, o principal risco são acidentes com águas-vivas e caravelas. Para banhistas e pescadores das regiões Oeste e Noroeste do Estado, o alerta é para arraias e bagres, animais aquáticos que possuem ferrões capazes de perfurar a pele e, em casos mais graves, provocar necrose e infecções.
CAPACITAÇÃO
Ao longo de 2025, a Sesa promoveu capacitações específicas para o manejo clínico desses acidentes, com treinamento de cerca de 700 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos da Atenção Primária, dos serviços de urgência e emergência e da vigilância em saúde.
“As ações, desde o alerta preventivo até a manutenção do Centro de Informação e Assistência Toxicológica e o treinamento das nossas equipes, garantem que o cidadão tenha o suporte necessário, contribuindo diretamente para a segurança e a sobrevida em casos de acidentes graves de modo rápido e seguro”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
PREVENÇÃO
A Sesa mantém campanhas permanentes de conscientização da população. Em 2025, as ações foram intensificadas em Curitiba e no Norte Pioneiro, com foco especial no escorpião amarelo, espécie com maior incidência nessas regiões.
Entre as principais orientações para evitar acidentes estão: usar equipamentos de proteção em trilhas e limpezas, inspecionar roupas, calçados e roupas de cama antes do uso, evitar acúmulo de entulhos e lixo, afastar camas e berços das paredes, não colocar as mãos em tocas ou sob rochas e utilizar proteção nos pés em locais rochosos. Em praias, a recomendação é evitar o banho em locais com registros recentes de acidentes por águas-vivas e caravelas.

ATENDIMENTO
Em caso de acidente, a orientação é procurar o serviço de saúde mais próximo o quanto antes. A rede pública está preparada para avaliação, tratamento e aplicação de soroterapia quando indicada. Informar as características do animal envolvido, ou apresentar uma foto, pode facilitar o diagnóstico.
Como medida inicial, recomenda-se lavar o local da picada com água e sabão, retirar acessórios apertados, manter o membro afetado elevado e, no caso de águas-vivas e caravelas, não lavar com água doce. O indicado é aplicar vinagre, sem esfregar, e compressas de gelo.
Em caso de dúvidas, a população pode buscar orientação pelos telefones: CIATox Paraná, 08000 410148; CIATox Londrina, 43 3371-2244; CIATox Maringá, 44 3011-9127; e CIATox Cascavel, 45 3321-5261.
Com informações da AEN








